Moradores e Estudantes Cobram Intervenção de Cleomar Portela Após Desmoronamento da Cabeceira de Ponte que Dá Acesso ao Ramal Saraiva, em Epitaciolândia — Veja Fotos

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Reportagem: Helizardo Guerra

Epitaciolândia (AC) — A cabeceira de uma ponte recém-construída pela gestão municipal de Epitaciolândia está cedendo na zona rural do Ramal Saraiva, próximo ao ramal lateral à unidade de saúde no bairro José Hassem, e vem causando grande apreensão entre moradores e alunos da região. A obra, que havia sido concluída em tempo recorde pela prefeitura, já apresentava sinais de fragilidade há vários meses e foi interditada duas vezes pela Defesa Civil. No entanto, até o momento, nenhuma providência efetiva foi tomada pelas autoridades municipais ou pelo sistema de justiça local.

O desmoronamento da estrutura, que dá acesso a importantes áreas residenciais e escolares, representa um risco real à segurança dos transeuntes. Moradores reclamam da falta de atenção e da ausência de resposta das autoridades. “A gente avisou que a ponte estava cedendo, mas ninguém fez nada. Agora estamos sem passagem segura para as escolas e até para nossas casas”, lamenta uma moradora da comunidade há muitos anos.

A Defesa Civil de Epitaciolândia já havia emitido dois laudos técnicos recomendando a interdição total da estrutura devido ao perigo iminente de colapso. Apesar das advertências, nenhuma medida de reparo ou reforço foi realizada, permitindo que a estrutura continuasse a ser utilizada até recentemente. Há relatos de que nem sequer ações paliativas foram adotadas, demonstrando negligência por parte das autoridades competentes.

A falta de ação também revoltou pais de alunos da rede municipal, que temem novos acidentes. “Nossos filhos passam por aqui todos os dias. Se a ponte tivesse desabado com eles em cima, quem seria responsabilizado?”, questionou, indignado, um agricultor local.

Além dos riscos imediatos, a situação expõe falhas graves na fiscalização e na execução de obras públicas, além de levantar suspeitas sobre a qualidade dos materiais e o cumprimento dos prazos contratuais. A obra rápida, que inicialmente foi comemorada como um feito da administração municipal, agora é vista como um símbolo de descaso e imprudência.

Até o fechamento desta edição, a Prefeitura de Epitaciolândia não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso. Moradores afirmam que pretendem organizar manifestações para exigir uma solução urgente e a responsabilização dos envolvidos.

Enquanto isso, a comunidade do Ramal  Saraiva segue aguardando uma resposta efetiva das autoridades, temendo pela segurança de todos que dependem da ponte para suas atividades diárias. A falta de uma infraestrutura segura compromete não apenas a mobilidade, mas também o direito fundamental à segurança e à dignidade dos cidadãos.