fonte: revista oeste news
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do empresário Milton Baldin, de Sinop, no Mato Grosso, com base em um pedido do coordenador da equipe de segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Andrei Passos Rodrigues.
De acordo com o Portal UOL e Folha de S. Paulo, Andrei Rodrigues, que é delegado federal e foi “sombra” de Lula nessa campanha, tem uma ligação antiga com o PT: foi o responsável pela segurança da ex-presidente Dilma Rousseff na campanha de 2010 e foi cotado para o comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ou a diretoria-geral da Polícia Federal durante o primeiro mandato da petista, em 2011. Agora, novamente é cotado para ser o diretor-geral da Polícia Federal, segundo o jornal.
Baldin, que tem negócios em Sinop, Mato Grosso, foi preso pela Polícia Federal na terça-feira 6 em Brasília. Ele participava de manifestação pacífica em frente ao Quartel General do Exército contra o resultado do segundo turno das eleições. O ato segue pacífico desde que começou. No mês passado, Baldin convidou caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo (CACs) a participarem de atos contra Lula (PT).
Em vídeo publicado nas redes sociais em 26 de novembro, o empresário chama apoiadores do presidente para o acampamento cujos manifestantes defendem a atuação das Forças Armadas para evitar a posse do presidente eleito. “Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília, que nós estamos precisamos de peso e de força aqui”, disse ele, no vídeo.
Em uma petição, o chefe da segurança do petista relatou os fatos ao ministro e, ao final, fez o pedido de prisão do empresário. Segundo apuração da Folha, Andrei Rodrigues cita sua condição de coordenador da segurança e aponta para a necessidade de garantir a segurança do presidente eleito.
Depois da decisão de Moraes, a ordem de prisão foi cumprida por uma equipe da Coordenação de Inquéritos Especiais, setor localizado na sede da PF onde tramitam casos que tramitam no STF.