Reportagem: Helizardo Guerra
Em meio ao que muitos moradores classificam como uma das piores gestões desde a emancipação política de Epitaciolândia, cresce a sensação de abandono e impotência. Sem respostas da administração municipal e sem qualquer manifestação pública dos vereadores — eleitos justamente para representar e fiscalizar — a população se vê sem rumo e se pergunta: reclamar para quem?
A ausência de posicionamento das autoridades tem levado cidadãos a recorrerem a outros meios para serem ouvidos. Vídeos caseiros publicados nas redes sociais tornaram-se a única alternativa para tentar sensibilizar alguém diante da realidade vivida na cidade — uma realidade que contrasta profundamente com os discursos de campanha e as promessas de uma Epitaciolândia mais digna.
A situação da entrada do município de Epitaciolândia é um dos exemplos mais evidentes desse descaso: o acúmulo de lixo a céu aberto transformou-se em ponto de abrigo e festa para urubus, um símbolo doloroso da degradação urbana e da falha na gestão pública. O cenário, descrito por um morador como “degradante e triste”, causa ainda mais indignação entre aqueles que confiaram seu voto no atual prefeito, reeleito sob o compromisso de promover melhorias e respeito ao cidadão.
Enquanto o poder público permanece em silêncio, o desabafo dos moradores ecoa com força: o papel fiscalizador dos vereadores parece ter sido abandonado, e a administração municipal se distancia cada vez mais das necessidades básicas da população.
