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Em sua passagem pela cúpula, Lula foi criticado até por antigos aliados da esquerda francesa. O motivo principal o apoio a Vladimir Putin e, em menor escala, ao ditador venezuelano Nicolas Maduro. Ele também sofreu críticas por defender o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
Segundo o consultor Cezar Roedel, mestre em relações internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Lula se aproximou de Putin por inclinação ideológica e interesses subjetivos. “Tentar levar o seu interesse pessoal para política externa gera uma grande confusão”, afirmou.
“Lula acaba sendo muito descreditado devido a essa posição que tem sobre a guerra da Ucrânia. Os países europeus e as potências ocidentais não levam a sério o que o Lula esta dizendo”, disse.
O presidente brasileiro afirmou equivocadamente em diversas declarações neste ano que a Ucrânia seria tão culpada quanto a Rússia pela guerra. Também criticou repetidas vezes países do Ocidente por enviarem armas para a Ucrânia defender seu território.
O fato de Lula ter colocado o acordo de comércio entre o Mercosul e a União Europeia também desagradou seus na esquerda francesa. Isso porque o acordo é visto como positivo para o agronegócio brasileiro.
Arnaud Le Gall, parlamentar membro do Comitê de Assuntos Externos da Assembleia Nacional francesa disse estar decepcionado com o petista. Ele classificava Lula como “uma das primeiras alternativas ao neoliberalismo na América Latina”.
O presidente brasileiro chegou a ser chamado de “falso amigo do Ocidente” em um artigo do jornal Libération que levava o título: “Lula, a decepção”.