fonte: terra brasil noticias
O detento Gilberto Aparecido dos Santos, 53 anos, conhecido como Fuminho, foi transferido do Presídio Federal de Mossoró (RN) para a Penitenciária Federal de Brasília (DF), na última semana, segundo informou a CNN. Ele é considerado, pela Policia Federal (PF) e Ministério Público (MP), o número 2 do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ele havia ficado por 21 anos foragido da Justiça e foi preso em abril de 2020, em uma operação internacional da PF na África. Agora, o condenado cumpre pena no mesmo local em que está Marcos Williams Herbas Camanho, o Marcola, líder máximo do PCC, tida como a maior facção criminosa do Brasil.Segundo os investigadores, Fuminho é o braço-direito de Marcola.
A CNN disse que fontes do Sistema Penitenciário Federal (SPF), responsável pelo presídio de Brasília, garantem, no entanto, que não existe possibilidade de ambos terem contato.
O líder do PCC, de acordo com a CNN, deve ser transferido para outra unidade de segurança máxima, em endereço e data ainda desconhecidos.
A transferência se fez necessária depois que o setor de inteligência das penitenciárias federais identificou um plano para sequestrar e matar policiais penais federais, além de atacar as penitenciárias, informou a emissora.
Prisão em Moçambique
Condenado será transferido para a Penitenciária Federal de Brasília | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fuminho foi preso em 13 de abril de 2020, em Maputo, capital de Moçambique, na África. Ele retornou ao Brasil em um avião daFAB (Força Aérea Brasileira). O criminoso estava escondido em um condomínio de luxo.
A operação foi coordenada pelo setor de combate ao crime organizado e a facções criminosas da PF. Os Estados Unidos e polícias africanas foram parceiras na ação.
O delegado Elvis Secco, na época, coordenou a operação. Ele atualmente está fora do Brasil e integra a lista de ameaçados pelo PCC.
Segundo o advogado Ércio Quaresma Firpe, que representa Fuminho, seu cliente não tem qualquer ligação com o PCC. “Ele morou fora do Brasil por 21 anos, não existe qualquer prova contra ele”, declarou à reportagem.