O novo livro da American Girl, A Smart Girl’s Guide: Body Image Book [Guia de uma garota inteligente: Imagem corporal – em tradução livre] traz mensagens para meninas de 3 a 12 anos de idade amarem seus corpos, indicando também uma consulta ao médico caso questionem sua identidade de gênero.
O guia passou a sofrer uma série de críticas, pois é destinado ao público infantil, mas aconselha o uso de bloqueadores de puberdade para garotas interessadas em mudar de sexo; mesmo diante de novos estudos que mostram os malefícios do uso desses hormônios a médio e longo prazo.
Esses efeitos colaterais foram publicados no National Institutes of Health pontuando que a “decisão de fazer a transição tem implicações duradouras significativas, algumas das quais adolescentes e jovens adultos podem ainda não estar prontos para avaliar por conta própria”.
A jornalista da Fox News Kristi Stone Hamrick fez um artigo criticando a linha de bonecas da Mattel por criar uma revista sobre aceitação e, ao mesmo tempo, incentivá-las a mudar de gênero.
Hamrick diz que esse discurso não combina com as bonecas American Girl que tem coleções cor-de-rosa e vestidos com babados.
– Ter a empresa American Girl prejudicando as meninas, dizendo-lhes que pode não ser tão bom crescer como mulher é um pouco como ter um Papai Noel aparecendo bêbado em uma festa infantil, gritando sobre a comercialização do Natal. Simplesmente não combina com a imagem – criticou a jornalista.
Deputada critica livro
Presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Alerj, a deputada estadual Rosane Felix (PL), uma das parlamentares mais atuantes em defesa da família e das liberdades individuais, lamentou em suas redes sociais que o novo livro da American Girl (A Smart Girl’s Guide: Body Image – Guia de uma Garota Inteligente: Imagem corporal) mencione em seu conteúdo que as meninas devem amar seus corpos, indicando uma consulta ao médico caso questionem sua identidade de gênero.
A deputada também repudiou o fato de que o livro aconselha o uso de bloqueadores de puberdade para garotas interessadas em mudar de sexo, mesmo diante de novos estudos que mostram os malefícios a médio e longo prazo. Por afetar a produção de hormônios, tais medicamentos podem provocar uma série de efeitos colaterais no organismo.
– Enquanto eu estiver na política, continuarei trabalhando em defesa das nossas crianças, dos adolescentes, da família, dos nossos princípios e valores! – ressaltou a deputada.
Desde que foi lançado, o livro, voltado para meninas de 3 a 12 anos, tem sofrido muitas críticas. Uma realização da marca de bonecas American Girl, da Mattel, a publicação traz dicas, histórias reais e atividades “para incentivar meninas a permanecerem confiantes durante as mudanças de seus corpos”.
Empresa se defende
Em entrevista ao USA Today, Julie Parks, porta-voz da empresa, disse que esse foi o único livro da franquia que recebeu críticas e é justamente essa edição que trata sobre identidade de gênero.
A empresa afirmou que, “dos muitos temas discutidos”, duas páginas foram criticadas, sendo a que direciona as crianças para outros recursos caso não tenham um adulto por perto ou alguém que possa apoiá-las na transição de gênero.
– Se você não tem um adulto em quem confia, existem organizações em todo o país que podem ajudá-lo – ensina o guia.
Sobre os bloqueadores de puberdade, Parks disse que o tratamento ajuda a reduzir a depressão e a ansiedade que são comuns em crianças com disforia de gênero.
– O conteúdo desse livro foi desenvolvido em parceria com profissionais médicos e de atendimento a adolescentes e enfatiza consistentemente a importância de conversar e discutir quaisquer sentimentos com os pais ou adultos de confiança – afirmou a empresa.