Reportagem: Helizardo Guerra
Durante a 19ª Sessão da Câmara Municipal de Brasiléia, realizada em 19 de junho de 2025, o vereador Zemar fez duras críticas à atuação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e de outras forças federais na região do Alto Acre.
Em discurso contundente na tribuna, o parlamentar denunciou o que classificou como uma política “desumana, cruel e truculenta” adotada pelo Governo Federal, sob responsabilidade da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Segundo Zemar, órgãos como o ICMBio e o IBAMA estariam utilizando helicópteros e forças de segurança para intimidar seringueiros e moradores tradicionais da floresta. “É uma verdadeira operação de guerra contra os trabalhadores da floresta. Estão usando helicópteros, queimando currais e casas, apreendendo gado e expulsando famílias de suas propriedades. Tudo isso para mostrar serviço às ONGs internacionais, enquanto o povo da floresta é humilhado”, declarou.
O vereador também criticou a atual política ambiental por, segundo ele, ignorar a realidade dos extrativistas e pequenos produtores da região. Zemar denunciou a ausência de incentivos à produção sustentável e as restrições impostas à criação de animais e ao cultivo de lavouras de subsistência.
“Hoje, não se pode plantar feijão, milho, criar uma galinha, um peixe ou um porco. Vaca, então, nem pensar — já se considera crime ambiental. O que deveria estar sendo combatido é o tráfico de drogas, o crime organizado, e não o cidadão de bem que tenta sobreviver da borracha, da castanha e do extrativismo”, protestou.
Ao encerrar sua fala, Zemar cobrou do Governo Federal medidas mais equilibradas, que considerem a realidade das populações tradicionais da Amazônia. “Essa é a verdadeira face da esquerda com o povo humilde. O que falta é incentivo, não repressão”, concluiu.