Pastor revela que perseguição aos cristãos na China é a pior em 40 anos

Gospel
Compartilhe

fonte: folha gospel

De acordo com o pastor Bob Fu, fundador do China Aid — organização que defende a liberdade religiosa e os direitos humanos na China — a perseguição aos cristãos no país atingiu o pior nível em 40 anos.

Ele alertou, recentemente, através do podcast “A Voz dos Mártires no Canadá — Closer to the Fire”, que não é exagero afirmar que “a perseguição contra os cristãos e outras minorias religiosas atingiu realmente o pior nível desde a Revolução Cultural”.

“Pela primeira vez, vimos o Partido Comunista reprimir a Igreja de forma generalizada e, literalmente, declarar uma guerra contra o Cristianismo”.

‘Eles forçam crianças a renunciar a fé em público’

Para o pastor, todos os esforços do governo ditador para censurar os chineses visam especialmente os jovens cristãos.

“Estamos vendo milhões de crianças chinesas, de famílias cristãs, sendo forçadas a assinar um formulário para renunciar à sua fé em público”, revelou.

Além disso, Bob Fu lembrou que os líderes comunistas também continuam a remover cruzes dos edifícios das igrejas.

“Mesmo as igrejas sancionadas pelo governo foram alvo de perseguição. Aqueles pastores que se recusam a destruir, remover ou demolir voluntariamente as suas cruzes têm enfrentado enormes riscos de perseguição”, observou.

‘Proibidos de frequentar a igreja’

Ainda segundo o pastor, os cristãos chineses sabem que cada movimento é minuciosamente observado pelo governo, à medida que a China adota o monitoramento social digitalizado.

“As igrejas sancionadas pelo governo, cada púlpito da igreja e os quatro cantos da igreja devem ter instaladas câmeras de reconhecimento facial para que possam monitorar a congregação”, contou.

Além disso, existem regras rígidas sobre quem “não pode frequentar as igrejas”: crianças, jovens com menos de 18 anos, qualquer membro do Partido Comunista ou membro da Liga da Juventude Comunista, qualquer funcionário público ou qualquer policial e militar. Todos estão proibidos de frequentar a igreja.

Mesmo diante dessa intensa perseguição, porém, Fu diz que apesar de não entendermos o que Deus está fazendo na China, todos podemos orar para que os crentes chineses permaneçam firmes na sua fé.

“Por favor, ore também pelo crescimento da Igreja Chinesa apesar da perseguição, para que os discípulos fiéis se multipliquem e para que a verdadeira Palavra do Evangelho seja conhecida”, concluiu.