Ascom/Polícia Civil do Acre
Ao final da tarde desta segunda-feira, dia 12 de abril, a Polícia Civil prendeu J. C. da S., de 39 anos, o qual possuía mandado de prisão e estava foragido.
Em janeiro de 2022, a sociedade acreana ficou comovida com um vídeo que se espalhou rapidamente nas redes sociais, no qual RENAN ALMEIDA DE SOUZA, mais conhecido como NEGO BÁU, foi torturado.
Em vídeo, é possível ver Nego Báu pedindo desculpas, logo após ter o seu dedo decepado pelo investigado, o qual utilizou um terçado para aplicar o golpe e remover o seu dedo polegar completamente.
Ao tomar conhecimento dos fatos, a Polícia Civil passou a investigar o ocorrido. Os agentes investigadores em pouco tempo conseguiram identificar o autor das agressões, o qual teve prisão preventiva expedida em seu desfavor.
J.C. da S. estava foragido até a data de ontem (11/04/2022), quando policiais civis, após várias diligências sobre o caso, conseguiram localizá-lo em uma oficina mecânica, ocasião em que deram voz de prisão ao investigado e o conduziram até Delegacia de Flagrantes para os procedimentos de praxe.
Renan Almeida de Souza, ou Nego Báu, era morador de rua e era tratado como figura emblemática em toda a capital, sendo conhecido por vários cidadãos de Rio Branco.
A sua morte foi lamentada por boa parte da população.
O vídeo mostra cenas chocantes, pois a vítima era portadora de uma patologia mental. A Polícia Civil, agora, investiga se a morte de Nego Báu possui alguma relação com a tortura.
O investigado poderá responder pelo crime de tortura qualificada e majorada, crime que é hediondo, podendo pegar mais de 10 anos de prisão.
O Delegado de Polícia que presidiu o caso, Lucas Pereira, disse: “A polícia Civil estava empenhada em resolver o caso do Nego Báu o mais rápido possível para dar uma resposta satisfatória à sociedade. A tortura é um crime gravíssimo e quem pratica essa conduta não pode ficar impune. Graças ao trabalho investigativo dos agentes da Polícia Civil foi possível localizar J.C.S., o qual ficará preso preventivamente e à disposição do Poder Judiciário.” esclareceu delegado Lucas Pereira.