Política do Umbigo: Quando a Vaidade Vale Mais que a Verdade

o povo quer saber Helizardo Guerra
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Reportagem: Helizardo Guerra

Início este texto para abordar a complexidade do ser humano, independentemente de sua origem ou aparência. Afinal, há inúmeras formas de descrever as pessoas.

Quando se trata de perspectiva, alguns olham para o próprio umbigo e o veem apenas como um detalhe do corpo, enquanto outros enxergam o corpo inteiro como um ponto dentro de sua própria visão limitada.

No cenário político, a coletividade tem sido gradualmente substituída pelo individualismo. A cada ano, aqueles que mais trabalham, mais se dedicam e mais contribuem para o bem comum são deixados à margem. A política, em muitos casos, tornou-se um palco de encenações, onde a busca pelo poder se sobrepõe ao compromisso com a sociedade. O discurso vazio e a manipulação da verdade tornaram-se ferramentas recorrentes para confundir a opinião pública e favorecer interesses próprios.

É fundamental reafirmar que as causas e os desafios permanecem os mesmos ao longo do tempo. O que muda é o prazo em que os efeitos dessas causas geram benefícios — e para quem. Essa distorção de perspectiva muitas vezes decorre da dificuldade de reconhecer que os outros também têm suas necessidades, suas lutas e sua voz.

Erros de percepção são comuns, especialmente quando se trata de avaliar a proporcionalidade entre diferentes interesses e prioridades. No cotidiano, essas diferenças se manifestam de diversas formas, mas encontram sua expressão mais evidente na política.

O verdadeiro desafio está em reconhecer o próprio valor e compreender que o silêncio, muitas vezes, tem um impacto maior do que as melhores intenções. Afinal, o maior ruído nem sempre está naquilo que se diz, mas na ausência de uma voz ativa quando ela mais se faz necessária.