Após o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, expressar confiança nas eleições presidenciais venezuelanas e sugerir que a oposição deveria evitar “chorar”, o presidente do Chile, Gabriel Boric, reafirmou suas denúncias sobre violações de direitos humanos e políticos na Venezuela. Boric destacou a repressão a opositores do governo de Nicolás Maduro, enquanto Lula evita mencionar esses aspectos.
O líder chileno enfatizou a coerência da posição do Estado chileno, que denuncia violações de direitos humanos em diversos contextos, incluindo Venezuela, Ucrânia e Gaza. Boric comentou o assassinato do ex-militar venezuelano Ronald Ojeda em Santiago e reiterou a condenação às violações de direitos humanos pelo regime de Maduro.
As declarações de Lula foram alvo de críticas de María Corina Machado, principal opositora de Maduro e impedida de concorrer nas eleições. Ela rejeitou a sugestão de Lula de que a oposição venezuelana não deveria “chorar” e afirmou que luta pelos direitos dos venezuelanos.
Boric destacou a gravidade do caso de Ojeda e reafirmou o compromisso do governo chileno com a defesa da democracia na Venezuela. Enquanto Lula busca evitar polêmicas em relação ao governo de Maduro, o presidente chileno mantém uma postura crítica em relação às violações de direitos no país vizinho