colunista: Ivana Cristina
Colaboração: Sheila Amaral Guerra
Ícones de Brasileia e Epitaciolandia
Ela nasceu em Brasileia, filha de José Gomes Pimentel e Maria dos Anjos Fiesca. A família era grande, tinha 07 irmãos, teve uma infância muito sofrida, como a maioria das crianças na época. Em virtude disso começou a trabalhar cedo. Foi Professora alfabetizadora aos 16 anos, inicialmente na zona rural na colônia Nazaré.
Com o tempo, Professora Antonia veio lecionar nas salas da Escola Fontenele de Castro, que inicialmente funcionava no antigo clube da Maringosa(esse era famoso, mas isso é uma outra história). Em meio às dificuldades, ela nunca desanimou. O Magistério sempre foi um sonho e um desafio para ela, a falta de material didático e as condições de infraestrutura da escola, em vez de desanimar, a fortalecia para seguir adiante. E foi
na Escola Getúlio Vargas que finalizou sua carreira.
Antonia era casada com Jacinto Ribeiro Amaral e dessa união teve dois filhos: Sheila Amaral e Ribamar. Ela era feliz, tinha uma linda família e uma carreira de professora promissora, afinal estava fazendo o que amava.
Mas, o destino foi implacável, aos 33 anos, começou um tratamento para “menopausa precoce”, durante esse período, passou por inúmeros sangramentos, cada vez mais intensos. Um dia em um simples exame de sangue, feito por outro médico, descobriu que tinha sido diagnosticada com uma doença errada. Em fevereiro de 1990 foi constatado um câncer agressivo(leucemia), em fase terminal, que tinha pouco tempo de vida. Infelizmente, após 04 meses, ela pereceu, no dia 18 de junho de 1990, aos 43 anos de idade.
Professora Antonia deixou dois filhos menores, que foram privados do seu convívio e não teve a alegria de desfrutar da companhia de seus netos e bisnetos. Logo ela, que era tão receptiva com a família e com todos. Que aos domingos realizava almoços memoráveis com a família. Gostava de mesa cheia e farta, coordenava sua casa com primor e era muito querida em seu ambiente de trabalho e por sua família.
Sua partida precoce pegou todos de surpresa, pois não tinha revelado a ninguém, a não ser seu marido, o diagnóstico. Quisera poupar as pessoas de um sofrimento maior, afinal, era irreversível. Levou dez anos de sua vida, “tratando” uma doença que não existia e por um diagnóstico errado, sua vida foi ceifada.
Ela se foi, mas deixou um legado a seus amigos e familiares, que em meio às dificuldades, você se fortalece, que a família é um bem precioso e que precisamos, buscar uma segunda opinião, principalmente no que se refere a diagnóstico médico.
Professora Antonia Gomes do Amaral foi uma dessas pessoas raras de se ver. Uma profissional competente, uma esposa dedicada e uma mãe amorosa. Sua breve partida comoveu a todos, principalmente os familiares e amigos do trabalho.
Aos familiares da Professora Antonia Gomes do Amaral, meu cari