Ativistas da organização pró-vida Progressive Anti-Abortion Uprising (PAAU) nos Estados Unidos deram um enterro digno para mais de 100 bebês abortados, depois de obterem uma caixa com os restos mortais na saída de uma clínica de aborto.
Em entrevista à WUSA TV, Lauren Handy e Terrisa Bukovinac contaram que receberam os corpos de 115 bebês de uma empresa de transporte de resíduos médicos, que estava estacionada ao lado da clínica de aborto Washington Surgi-Clinic, em Washington, no dia 25 de março.
Segundo as ativistas, elas estavam se preparando para começar a rotina de aconselhamento em frente a clínica quando viram um caminhão da Curtis Bay Medical Waste Services e perguntaram ao motorista se poderiam pegar uma das caixas.
Ele disse que o conteúdo poderia ser de restos fetais. Então, Terrisa respondeu que daria aos bebês “um enterro e um funeral apropriados” e o motorista permitiu que as ativistas levassem uma das caixas.
AJ Hurley, diretor da organização “Survivors of the Abortion Holocaust” e amigo de Handy, contou que recebeu uma ligação das duas ativistas, logo depois de pegarem a caixa com os restos mortais.
“Eu estava em Nova York na época, e as garotas meio que surtaram. Elas me ligaram e pediram freneticamente que eu fosse para lá o mais rápido possível”, disse ao Faithwire.
Hurley e as ativistas ficaram chocados ao ver o conteúdo da caixa: 10 bebês do primeiro trimestre dentro de copos de dentadura e outros cinco bebês grandes em baldes brancos. “Eu nunca vi nada tão maligno e grotesco em toda a minha vida. Meus primeiros pensamentos foram: ‘Nunca mais serei o mesmo’”, revelou.
Mais tarde, Handy e Terrisa realizaram o funeral de 110 dos restos fetais com a ajuda de um padre e guardaram os outros cinco bebês grandes no apartamento de Handy, com o objetivo de entregá-los às autoridades, acreditando que haviam sido abortados fora da lei.
A Progressive Anti-Abortion Uprising (PAAU) trabalhou com advogados para pedir uma investigação da situação. “Há evidências incrivelmente fortes de que crimes federais foram cometidos. A maneira como alguns deles foram mortos, desmembrados e entregues é altamente suspeito”, ressaltou Hurley.
Enfrentando investigações
Na quarta-feira passada (30), Handy foi acusada e presa, após a polícia descobrir os restos fetais em seu apartamento. Porém, a acusação contra a ativista não está relacionada com a posse da caixa com os bebês abortados.
Junto com outras oito pessoas, a cristã foi indiciada na semana passada sob a acusação de obstruir o acesso a uma clínica de aborto durante um protesto em 2020, violando a Lei de Liberdade de Acesso a Entradas de Clínicas.
Handy se declarou inocente na segunda-feira (4). Ela pode ser condenada a uma multa de 350 mil dólares e a 11 anos de prisão.
“Eu sempre peso os custos antes de tomar uma decisão, especialmente uma decisão tão grande quanto o resgate. Eu calculei o custo e acredito que seguir a Cristo vale a pena. Acredito que vale a pena segui-lo até o Calvário”, declarou Handy, em entrevista ao The Pillar.
As autoridades estão investigando como as ativistas conseguiram os restos fetais e afirmaram que não planejam fazer uma investigação e uma autópsia nos cinco bebês de idade geracional tardia.
“Pode parecer loucura que as pessoas tenham um bebê abortado. O movimento pró-vida tem uma história de tratar essas crianças abortadas com dignidade e respeito, tirando-as das lixeiras e dando-lhes um enterro cristão digno”, explicou AJ Hurley.
Para ele, que também é ativista pró-vida, as mulheres que enterraram os bebês não devem ser repreendidas, mas aqueles que “massacraram” as crianças.
“Tratar esses bebês como lixo e colocar o foco nas pessoas que querem dignificá-los como se fossem malucos lunáticos e não focar onde deveria estar é uma raiva muito deslocada”, observou Hurley.
“O objetivo o tempo todo era dignificar esses bebês. Dar-lhes nomes e um enterro adequado, em vez de tratá-los como lixo”, concluiu.