fonte: terra brasil noticias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou neste sábado (25) a intenção do governo federal de importar 1 milhão de toneladas de arroz.
“Esta semana fiquei meio nervoso porque vi o preço do arroz muito caro no supermercado. No pacote de 5 quilos, no supermercado estava R$ 36, no outro [supermercado] estava R$ 33”, comentou Lula, durante evento em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
“Tomamos a decisão de importar 1 milhão de toneladas de arroz para que a gente possa equilibrar o preço do arroz no país”, acrescentou.
O agro tem se manifestado contrário à medida do governo Lula sobre a importação de arroz. E entrevista na semana passada à CNN, o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, classificou a medida como “desnecessária”.
Na avaliação de Pereira, com a maior parte da colheira do estado preservada e o fato de que os demais 30% da produção nacional estão majoritariamente em regiões não atingidas pelo desastre climático, seria possível atender a demanda sem uma MP de importação.
O CEO do Carrefour no Brasil, Stephane Maquaire, afirmou que o abastecimento de arroz no país está bastante controlado, durante entrevista ao “É Negócio”, parceria entre a CNN e o NeoFeed. O programa será exibido neste domingo (26), às 20h45. O executivo disse que os varejistas, assim como os governos estadual e federal, precisam tomar cuidado para não passar o sentimento de que faltará arroz e uma sensação de pânico.
“Estamos dizendo aos nossos clientes nas lojas para limitarem um pouco a compra adicional de arroz, para não dar o sentimento de falta e pânico. Fazendo isso, estamos cuidando para não termos uma inflação muito forte do arroz”, explicou Maquaire.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foi na mesma linha e defendeu, na quarta-feira, as medidas do governo.
Segundo o ministro, apesar de o País ser praticamente autossuficiente na produção de arroz, há dificuldade de escoamento do cereal gaúcho em virtude das fortes chuvas que afetaram o Estado.
“Há descasamento neste momento, o que dá margem para especulação. Não adianta comprarmos arroz somente no fim do ano porque carregaremos a inflação até lá. Quem ganha é o especulador, e não o produtor”, disse Fávaro, durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.