fonte: terra brasil noticias
Karen de Moura Tanaka Mori, também conhecida como ‘Japa do crime’, teve sua prisão preventiva convertida para domiciliar pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Ela é suspeita de envolvimento na lavagem de dinheiro relacionada ao tráfico de drogas na Baixada Santista e é viúva de Wagner Ferreira da Silva, apontado como um dos líderes da principal facção criminosa do estado de São Paulo.
A decisão foi proferida pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. A concessão da prisão domiciliar levou em consideração o fato de Karen ser mãe de um filho de 12 anos e não ser alvo de investigações por crimes violentos.
O cumprimento da prisão domiciliar será realizado de forma integral e monitorada, com o uso de tornozeleira eletrônica. “Apesar da gravidade dos fatos e dos indícios de autoria, que pairam contra a indiciada, concluo, em observância ao Código de Processo Penal, que ela faz jus à prisão domiciliar.”, diz a decisão.
De acordo com informações obtidas pelo g1, Karen foi liberada do Centro de Detenção Provisória Feminino de Franco da Rocha em 24 de fevereiro e está cumprindo as determinações judiciais em sua residência na cidade de São Paulo.
A prisão de Karen ocorreu em 8 de fevereiro pela Polícia Civil, sob a suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro relacionada ao tráfico de drogas na Baixada Santista em favor da principal facção criminosa do estado. Durante a busca em sua residência, foram encontrados R$ 1 milhão e 50 mil dólares (aproximadamente R$ 249 mil na cotação atual), além de um veículo da marca Audi.
A prisão em flagrante de Karen foi convertida em preventiva, pois não foram apresentadas condições financeiras compatíveis com os valores apreendidos em sua casa. Em uma entrevista ao g1 na época, o advogado de defesa João Armôa Junior afirmou que o dinheiro encontrado era proveniente de atividades lícitas, como compra e venda de veículos e imóveis. Ele destacou que Karen possui ensino superior e é ré primária, argumentando que nunca foi investigada por organização criminosa enquanto seu marido estava vivo e nem logo após a morte dele.