A atuação do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) durante as cheias históricas e seca extrema dos últimos anos foi destaque em um dos painéis da COP29, em Baku, no Azerbaijão, nesta sexta-feira, 15.
O comandante-geral do CBMAC, coronel Charles Santos, explicou que a cheia vivida pelo Acre em 2024, foi considerada o maior desastre ambiental do estado, devido ao número de municípios afetados. Das 22 cidades, 19 ficaram em estado de emergência, o que configurou 86% do estado. O número de atingidos, que engloba as pessoas desalojados ou desabrigados, ultrapassou os 120 mil.
Coronel Charles Santos frisou o trabalho do CBMAC no enfrentamento às consequências das mudanças climáticas no estado. Foto: Pedro Devani/Secom
Santos abordou ainda que o Acre foi o único que não contou com apoio de forças de outros estados. “Conseguimos fazer frente e dar respostas às ações, somente com as equipes locais do Estado. Estamos aqui para refletir sobre o nosso futuro. As proporções dos desastres estão cada vez maiores. Por isso, o campo de prevenção é cada vez mais imprescindível”.
Santos citou ainda os dois extremos vividos pelo Acre: cheia histórica e seca prolongada. Foto: Pedro Devani/Secom
“Saímos de uma grande enchente, para uma seca extrema. Nesses dois paralelos é necessário pensar que milhares de pessoas estão envoltas nesses eventos gravíssimos, e é necessário agir para que o sofrimento dessas famílias seja minimizado. Precisamos mudar a nossa realidade, seja por meio da educação, da consciência ambiental de cada um, mas também por meio de recursos financeiros”, ponderou.