Pádua é amigo de Flaviano e emedebista desde os anos 1980. É provavelmente a figura militante que melhor reflete o MDB e seu grão-cacique Flaviano Melo, com quem já viveu inúmeros momentos na política local, da alegria da vitória ao choro da derrota.
Já a amizade de Pádua com Gladson Cameli é mais recente, da época em que o atual governador era deputado federal. A amizade entre ambos nasceu em 2013 durante uma expedição à Serra do Divisor quando Cameli e Petecão, à época ainda aliados, resolveram conhecer o lugar de maior biodiversidade da Amazônia e levaram assessores, jornalistas e amigos, entre eles Pádua, que na missão era uma espécie de ajudante-geral com ofícios que se estendiam à cozinha.
Mas Pádua Bruzugu também é um sujeito pragmático. Com ele não há o “ser ou não ser, eis a questão”. E seu lado é claro quando perguntado se vai pedir exoneração do cargo de diretor do Imac a exemplo do que fez Luciana Videl, mulher de Flaviano Melo, ao se desligar da direção da Secretaria de Produção: “Eu não peço porque sou Gladson até o talo. Tô fora de Mara e Rocha. Não tenho mais idade para brincar de fazer campanha”, conclui o emedebista.
O MDB virou, agora definitivamente, oposição ao governador Gladson Cameli, e deve lançar Mara Rocha ao governo do Acre. O Palácio Rio Branco já tem uma lista da degola de ao menos 32 cargos do partido.
Ao ligar para o chefe da Casa Civil, Rômulo Grandidier, ordenando que os emedebistas sejam todos exonerados, Gladson alertou: “Só não mexa com o Pádua”.
Detalhe: Pádua, se quiser, ainda poderá jogar sua boia e salvar os emedebistas dispostos a continuarem no barco de Cameli. Não à toa, já recebeu ao menos 15 ligações com pedidos de socorro só neste domingo que atencede mais uma edição do Diário Oficial.