A deputada federal Carla Zambelli, reeleita como uma das mais votadas do país, acionou uma denúncia contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, nos Estados Unidos. O motivo da peça é por conta de uma suposta censura.
No processo, que será entregue formalmente nesta terça-feira (15), de acordo com informações da revista Veja, a congressista menciona a remoção de posts de internet, a desmonetização de canais alinhados ao presidente Jair Bolsonaro e a retirada do ar de conteúdos classificados como fake news pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“É possível identificar que as vítimas possuem uma característica em comum: todas são adeptas de ideologia conservadora, de modo que se pode caracterizar como vítima o grupo de conservadores brasileiros nesta condição”, diz a parlamentar na peça.
“Os atos de violação a direitos humanos praticados pelo Supremo Tribunal Federal revelam um regime totalitário em implantação pelo Poder Judiciário, que detém os instrumentos necessários para calar, prender e até condenar ao ostracismo político aqueles que não se alinhem com a sua agenda”, diz outro trecho.
A deputada federal teve as contas no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Telegram, TikTok, WhatsApp, Gettr e LinkedIn suspensas por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Além de Zambelli, tiveram as contas suspensas os deputados federais eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) e os deputados federais Major Vitor Hugo (PL-GO) e Coronel Tadeu (PL-SP).
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é um órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos) que recebe e investiga denúncias de abusos de direitos humanos.