Gesilda de Freitas Paixão

ICONES DE BRASILÉIA E EPITACIOLANDIA POR IVANA CRISTINA
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COLUNISTA: Ivana Cristina
Colaboração: Acendina Pessoa
Ícones de Brasileia e Epitaciolandia

A simples menção de seu nome, fazia muita gente tremer. Ela era uma mulher admirada por poucos e temida por muitos. Impunha respeito por onde passava. Gesilda foi uma profissional “linha dura”, as coisas tinham que sair do jeito dela, chegando a beirar a perfeição. Mas, o que as pessoas desconheciam era que o ensino aprendizagem nunca esteve tão bem representado quanto na sua época. Ela não aceitava que a educação fosse de qualquer jeito. Tinha que ser a melhor, razão pela qual exigia muito de seus funcionários. Diretora da Escola Getúlio Vargas(funcionava no atual prédio do CEDUP), era o palco dela. Ao simples barulho que seus sapatos faziam nos corredores da escola, deixavam todos alertas. Ela vem vindo! Diziam uns! Silêncio diziam outros. E o toc… toc… que seus sapatos faziam ficavam martelando na mente dos funcionários e alunos. Nesse tempo , existia a “palmatória”, nas escolas, feita de madeira, que os professores utilizavam para bater na palma da mão dos alunos que chegavam atrasados ou não sabiam a tabuada. E como doía! Só quem levou uma palmatória nas mãos sabe a dor que é.
Ela era Gesilda de Freitas Paixão, com ela, a educação, antes, obscura, passou a ter um destaque na região. Funcionário que se dedicava integralmente ao trabalho, tinha uma aliada, mas, se fosse, o contrário, tinha uma “inimiga”. Isso valia também para alunos.
Meu pai, Francisco Acrim Camelo, era funcionário público, trabalhava com a Dona Gesilda, como ele chamava.
Ele dizia que ela era uma mulher de bom coração, que procurava ajudar as pessoas, mas, que não deixava transparecer essa bondade. Era uma espécie de armadura, que ela utilizava para se proteger, afinal, a mulher começava a “ganhar espaço profissional” e não era todo homem que admitia ser “mandado por uma mulher”, isso, antigamente e até hoje, ainda há raros casos.
A era Gesilda passou, mas, ficou tão marcante na vida das pessoas que trabalhavam com ela. Quando se “juntavam” Gesilda Paixão e Joana Ribeiro Amed, a meninada tremia! Ficavam com medo até de respirar.
A presença de Gesilda era tão marcante, que até hoje, segundo alguns, ainda escutam o barulho de seus sapatos ecoando pelos corredores do prédio onde funcionava a Escola Getúlio Vargas, como se fosse uma velha “cantilena”.