Reportagem: Helizardo Guerra
As Ruas em Estado de abandono escancara crise na administração pública em Epitaciolândia
Moradores denunciam negligência da prefeitura e cobram soluções imediatas para problemas estruturais que afetam segurança, saúde e dignidade da população.
O município de Epitaciolândia, localizado no interior do Acre, vive um dos momentos mais delicados de sua história administrativa. A população enfrenta uma série de problemas estruturais que escancaram o descaso do poder público, especialmente no que diz respeito à infraestrutura urbana.
Um dos exemplos mais emblemáticos dessa situação crítica é a condição da Rua Duque de Caxias, localizada atrás do posto de saúde e nas proximidades do cemitério municipal. A via, completamente abandonada, tornou-se um símbolo do estado de negligência em que se encontra a cidade.
Mato, buracos e abandono
Buracos profundos, acúmulo de lixo, matagal avançado e ausência total de serviços básicos de manutenção compõem o cenário atual da rua. As dificuldades enfrentadas pelos moradores vão além dos transtornos cotidianos: há riscos à segurança, à mobilidade e à saúde pública.
Diz um morador “A gente se sente esquecido. Essa rua já foi uma das melhores um dia, mas hoje está tomada pelo mato e pelos buracos. Quando chove, não dá nem pra passar. Quando seca, o mau cheiro invade nossas casas”, desabafa Dona Maria, moradora da região há muitos anos.
Denúncias ignoradas
Moradores afirmam que já fizeram diversos apelos à prefeitura, por meio de denúncias e pedidos formais, mas até agora nenhuma medida efetiva foi adotada. A sensação de abandono cresce entre os cidadãos, que se dizem cansados de promessas não cumpridas.
Com a aproximação do período eleitoral, a cobrança por ações concretas ganha ainda mais força. A população local exige que as promessas de campanha finalmente saiam do papel e se tornem obras reais que tragam melhorias para a vida dos epitaciolandenses.
Consequências além da aparência
Segundo especialistas em urbanismo, o abandono de vias públicas não representa apenas uma falha administrativa, mas também desencadeia uma série de problemas sociais. Entre eles, estão a evasão de pequenos comércios, a desvalorização imobiliária, o aumento da criminalidade e a proliferação de doenças associadas à falta de saneamento, como dengue e leptospirose.
População quer mudança
Epitaciolândia já viveu dias melhores, e seus moradores não escondem a frustração com o atual cenário. O que eles pedem é simples: atenção, respeito e um gestor que se comprometa com o bem-estar coletivo.
Mais do que discursos, a comunidade clama por providências urgentes, investimentos reais e uma gestão eficiente — capaz de devolver à cidade a dignidade e o cuidado que ela merece.
