colunista: Ivana Cristina Ícones de Brasileia e Epitaciolandia
Nos despedimos de Antônio Aucélio Assis de Almeida, o Magal, como carinhosamente era chamado. Um homem além do seu tempo. Fomos colegas de trabalho na Escola Kairala José Kairala, no turno noturno, na década de 90. Magal ministrava aula de Filosofia. Seu método de ensinar era revolucionário para a época, mas, tão presente nos dias atuais. Ele era sábio, tirou muitos alunos da inércia que o ensino da época promovia. Nos corredores da Escola Kairala, Magal continuava o debate de suas ideias com os alunos e com os colegas de profissão! Suas palavras eram tão marcantes que ultrapassou os muros da escola, promovendo uma geração de novos professores aptos para mudanças no ensino-aprendizagem. Magal e as Professoras: Maria Antônia, Lenilda, Luzia Queiroz e Aleuda Tuma inovaram o ensino do Magistério em Brasileia e formaram brilhantes professores. Magal não era somente o “professor”, era o amigo, o músico, que tirava lindas notas do violão. E nas noites de Brasileia no pátio da Escola Kairala, durante o intervalo, ele levava alegria aos alunos e aos funcionários. A voz rouca e o som envolvente do seu violão acalentavam os sonhos dos alunos. Muitos saiam do trabalho e corriam para a escola, sem jantar, mas com muita fome de aprender. Hoje, o grande Magal nos deixou, mas seus ensinamentos do Magistério a EJA, vão se perpetuar nos corações dos seus alunos e dos seus colegas de trabalho. Cada professor que se vai é como uma luz que se apaga aqui na terra. Sentiremos saudades de você, Magal, do seu discurso, dos seus gestos quando falava, da sua maneira de ser, dos seus ensinamentos e do seu contagiante sorriso. Quando sorria, seu rosto se iluminava, difícil não notar. Mas, a dor da perda que seus pais, seus filhos, sua família, seus amigos estão sentindo é indescritível, somente Deus poderá abrandar esse sofrimento. Voa Magal para os braços do Pai. Você deixou sementes de sabedoria aqui na terra.