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O clima de tensão entre o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a aumentar nas últimas duas semanas. Em discurso nesta quarta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar indiretamente os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, os quais compõem a Suprema Corte.
Durante cerimônia de lançamento da nova carteira nacional de identidade, Bolsonaro disse que é o Poder Executivo que “resiste” às “arbitrariedades” e “estapafúrdias” de duas ou três pessoas.
“Geralmente, quem busca colher a liberdade e impor um regime de força no país é o chefe do Executivo. E aqui é exatamente ao contrário. É o chefe do Executivo que resiste. Agências de checagens, arbitrariedades, estapafúrdias, dizendo que duas ou três pessoas no Brasil passam a valer mais que todo nós juntos. Mais que a Câmara, mais o Senado, mais que o Executivo, mais que os outros órgãos do Judiciário, mais que o TCU, mais que o STJ… Nós vamos ceder para dois ou três e relativizar a nossa liberdade?” — disse o presidente.
Bolsonaro prosseguiu, dizendo que não irá resistir nem perder o que chamou de “guerra”.
“Os Poderes são harmônicos e independentes. Quem não quer lisura no processo eleitoral? As Forças Armadas foram convidas. As Forças Armadas não estão interferindo […] e elas são de todos nós e estão nos ajudando nessa questão também” — afirmou.
“Não é que nós vamos resistir, mas é que nós não vamos perder essa guerra” — disse o presidente.