A deputada federal Carla Zambelli, aliada ferrenha do presidente Jair Bolsonaro, comentou acerca da decisão do ministro Alexandre de Moraes em criar um Núcleo de Inteligência da Corte com objetivo de “coletar dados e processar informações de interesse da segurança pública no decorrer do período eleitoral de 2022”. O grupo formado por sete pessoa será uma espécie de “serviço secreto” do TSE.
O núcleo irá trabalhar de acordo com os dados coletados, adotando ações para “refrear ações que possam ameaçar a normalidade do pleito”. Moraes assinou a portaria nesta terça-feira (30), e a publicação se deu nesta quinta (1º). A iniciativa surgiu durante a reunião entre o TSE e o Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares (CNCG), no último dia 24 de agosto.
O grupo é composto pelo atual presidente do TSE, Alexandre de Moraes, três representantes do TSE e comandantes das polícias militares de Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.
Segundo o 3º artigo da portaria da Corte Eleitoral, o novo órgão irá produzir relatórios e terá sua forma de atuação “definida por seu presidente”, Alexandre de Moraes. Papel semelhante já foi exercido em eleições passadas pela já existente Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em parceria com o TSE.
Zambelli, por sua vez, comentou acerca disto:
“A criação de um “núcleo de inteligência ou serviço secreto” no TSE é inconstitucional e põe em risco a imparcialidade do sistema eleitoral. Minha equipe jurídica já está trabalhando em uma ação para impedir a criação da KGB do Moraes. Alguém tem que parar este psicopata!!”, escreveu ela em seu perfil oficial no Twitter.