Depois de invadir terras, MST ganha reunião com ministro do Desenvolvimento Agrário

Nacional
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fonte: terra brasil noticias

Depois de invadir terras públicas e privadas em ao menos oito Estados do país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ganhou uma reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.  O encontro ocorreu nesta terça-feira, 18, em Brasília.

Ao todo, líderes “de luta por terra” de Alagoas compareceram ao gabinete do ministro, em Brasília.

Entre as pautas discutidas, as lideranças do MST exigiram a exoneração do superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Alagoas, Cesar Lira. 

Em suas redes sociais, perfis ligados ao MST ainda publicaram outras demandas apresentadas a Teixeira, como “a desapropriação das terras do Grupo João Lyra para fins de reforma agrária” e a “implementação de subsídios para infraestrutura, como estradas e pontes, em áreas de assentamentos, além de créditos para essas áreas”.

“Recebi as demandas e reforcei todos os avanços que o MDA promoveu nos primeiros 100 dias de governo em defesa das agricultoras e agricultores familiares”, afirmou Teixeira nas redes sociais. “No entanto, é necessária a desocupação das áreas públicas, para a manutenção do diálogo entre os movimentos sociais e o governo”, prosseguiu o ministro — assim, sinalizou que o atual governo está disposto a conversar com os invasores de terra.

Outra ação de Paulo Teixeira com o MST

Na última segunda-feira, 17, o ministro Paulo Teixeira já havia comunicado nas redes sociais que recebeu das mãos da coordenação do MST a pauta da 26ª Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária.

Sobre a ocasião, Teixeira disse que o governo Lula vai “retomar” o programa de reforma agrária, “paralisado nos últimos anos”. O ministro não mencionou, contudo que a gestão anterior entregou mais títulos de propriedade do que os governos petistas. Conforme ressaltou Oeste, o MST chegou a impedir a entrega de títulos de terra durante o governo Bolsonaro.