Neste domingo (28), o ex-presidente da Bolívia Evo Morales teve seu telefone celular roubado durante um evento de campanha política na cidade de La Guardia. Foi iniciada uma mobilização dos policiais presentes no local para tentar recuperar o aparelho e impedir o vazamento de informações sigilosas.
Morales afirmou que o dispositivo foi retirado dele no sábado ao ajudar o político do Movimento ao Socialismo (MAS), Rufino Correa, a lançar sua campanha para prefeito de La Guardia, uma cidade no departamento de Santa Cruz.
Ao lado de Morales estavam a Ministra da Presidência Marianela Prada e o Ministro do Governo Eduardo del Castillo.
Por volta das 20h30 de sábado, o ex-chefe de Estado percebeu que seu celular havia sido roubado e imediatamente solicitou uma “mobilização elaborada da polícia boliviana”, segundo o jornal bolivianoEl Deber .
A missão urgente está a cargo do comandante nacional da Polícia Geral Orlando Ponce, que despachou unidades das forças de segurança e agentes de inteligência do grupo de investigadores especiais DACI para realizar uma “busca intensa” com o objetivo de encontrar o autor o quanto antes.
O imediatismo com que a busca foi gerada reside no fato de que “há receio de acesso às informações e contatos que Morales mantém, porque seu celular pode não ter padrão de segurança “, detalha o meio de comunicação.
Autoridades que preferiram manter o anonimato disseram ao jornal boliviano que houve denúncias de vários agentes de segurança que, apesar de estarem fora do horário de trabalho, foram “obrigados a participar da busca do aparelho eletrônico do ex-presidente”.
De acordo com relatos da mídia local, o telefone de Evo pode ser acessado sem ter que passar por nenhum procedimento de segurança, como um código numérico de reconhecimento facial.
O deputado do MAS Juanito Angulo disse que infiltrados da oposição, ou talvez da Embaixada dos EUA, podem estar por trás do roubo do dispositivo, informou o Detrás de la Verdad.
“O celular de um líder histórico, tem informações importantes sobre questões de coordenação, de forma alguma podemos vinculá-lo ao narcotráfico”, acrescentou Angulo.