Lula se vê otimista em meio à polêmica eleitoral de Maduro na Venezuela

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstra otimismo em relação à situação eleitoral na Venezuela, apesar das controvérsias em torno do processo. Em um café da manhã com jornalistas, Lula destacou a movimentação da oposição em torno de Edmundo González como “extraordinária”. No entanto, ele não mencionou que a opositora María Corina Machado foi impedida pelo regime chavista de se candidatar, assim como sua aliada Corina Yoris.

Lula ressaltou que a oposição venezuelana está lançando um candidato único, e as eleições estão previstas para ocorrer.

“A questão da Venezuela, está acontecendo uma coisa extraordinária: a oposição toda se reuniu, está lançando candidato único. Vai ter eleições. Acho que vai ter acompanhamento internacional sobre as eleições, há interesse de muita gente em acompanhar. E, se o Brasil for convidado, participará do acompanhamento das eleições”, afirmou o presidente Lula.

“Eu fico torcendo para que a Venezuela volte à normalidade, para que os Estados Unidos tirem as sanções e que a Venezuela possa voltar a receber de volta o povo que está deixando a Venezuela por conta da situação econômica”, disse.

Lula também criticou as sanções impostas pelos Estados Unidos à ditadura venezuelana. Ele expressou o desejo de que a Venezuela retorne à normalidade e que as sanções sejam retiradas, permitindo que o país receba de volta os cidadãos que estão deixando-o devido à situação econômica.

A Plataforma Democrática Unitária (PUD), liderada por María Corina Machado, declarou apoio a Edmundo González, um dos 12 candidatos liberados pelo regime chavista para participar da eleição. González, um diplomata de carreira, foi inscrito provisoriamente no site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela pouco antes do prazo eleitoral.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela anunciou a data da eleição para 28 de julho, aniversário do ex-ditador Hugo Chávez. Essa farsa eleitoral deve chancelar mais um governo para Nicolás Maduro.

A data foi definida em respeito ao acordo de Barbados, firmado entre a ditadura e a oposição, com o objetivo oficial de garantir eleições limpas.

A Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pelo regime de Maduro, iniciou o processo de consulta a autoridades e membros da oposição para agendar a eleição, independentemente dos esforços da oposição. O Conselho Nacional Eleitoral, também controlado pelo chavismo, definiu a data.