“Prefeitura inaugura boxes inacabados em Epitaciolândia, e população cobra explicações: onde está a fiscalização?”

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Reportagem: Helizardo Guerra

A recente inauguração e entrega dos boxes comerciais na feira livre pela Prefeitura de Epitaciolândia acendeu um forte alerta entre comerciantes e moradores. Apesar da cerimônia oficial, a maioria das unidades permanece inacabada, sem instalação de fiação elétrica, e apenas um único box está em funcionamento — um cenário que gera desconfiança e inúmeros questionamentos.

A principal dúvida que ecoa entre a população é simples e direta: como uma obra pública pode ser entregue sem condições reais de uso? E mais grave ainda: quem autorizou essa entrega?

Moradores relatam que não há clareza sobre os critérios utilizados para a distribuição ou concessão dos espaços. Um processo que deveria ser transparente acabou despertando suspeitas e indignação. “Quais foram os critérios? Quem pode participar? Como funciona esse sorteio?”, questiona um munícipe interessado em concorrer a um box.

Outro ponto que chama atenção é a suposta liberação técnica da obra. Como um engenheiro responsável pode assinar a entrega de estruturas manifestamente incompletas? A legislação é objetiva: obras públicas só podem ser entregues quando atendem às condições mínimas de funcionamento. Se há falhas, há responsabilidades — tanto do engenheiro quanto do gestor que autorizou a entrega.

As críticas também recaem sobre o secretário municipal de Obras, apontado por moradores como um dos responsáveis por permitir a entrega das unidades sem que estivessem finalizadas. A pergunta é direta: por que liberar estruturas que não podem ser utilizadas e que claramente não foram concluídas?

O Poder Legislativo também entra na pauta de cobrança. Para muitos, falta uma atuação efetiva dos vereadores no papel fiscalizador que a lei lhes atribui.

Diante disso, a população quer respostas:

  • Qual foi o valor investido e qual o custo mensal de manutenção desses boxes?

    • por que apenas um está funcionando?

    • quais são os modelos de concessão ou critérios utilizados para selecionar os beneficiários?

    • E, principalmente, quem está garantindo que o dinheiro público está sendo aplicado corretamente?

Enquanto isso, os boxes seguem lá: inaugurados, fotografados, entregues… mas sem condições reais de uso.

A cidade agora aguarda que as autoridades competentes — engenheiros, secretários, vereadores, órgãos de controle e Ministério Público — tomem as medidas cabíveis para esclarecer o caso, garantir transparência e assegurar que o patrimônio público seja tratado com responsabilidade.

O clima em Epitaciolândia é de alerta: não basta inaugurar, é preciso entregar funcionando.