Tarcísio e Caiado pedem desculpas a Israel por fala de Lula; VEJA VÍDEO

Internacional
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Cotados como possíveis candidatos ao Planalto em 2026, governadores de São Paulo e Goiás se reuniram com presidente de Israel

Considerados herdeiros potenciais do espólio político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030 e vê sua situação jurídica se complicar mais a cada dia, os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), pediram “desculpas” ao povo e ao governo de Israel por declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os dois políticos conservadores se reuniram nesta terça-feira (19) com o presidente de Israel, Isaac Herzog, em Jerusalém. Mais tarde, ambos devem ser recebidos pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chefe do governo e quem os convidou a visitar o país.

O convite foi estendido também ao próprio Bolsonaro, que não pôde viajar por estar com o passaporte apreendido pela Polícia Federal (PF). O ex-presidente é um dos alvos da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022.

No mês passado, o governo brasileiro protagonizou um embate diplomático com Israel. Em uma entrevista a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia, Lula comparou as ações militares de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto da Alemanha nazista de Adolf Hitler, quando o povo judeu foi perseguido e dizimado.

No mesmo dia da declaração do petista, Netanyahu afirmou que o presidente do Brasil havia cruzado “uma linha vermelha” de forma “vergonhosa e grave”. “Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, criticou Netanyahu. Lula se tornou “persona non grata” no país.

“Peço desculpas em nome do meu povo, de nós, brasileiros, pelas declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, ao desconhecer totalmente a história, fez uma comparação, a mais desastrosa possível, agredindo o povo judeu”, afirmou Caiado a Herzog.

Tarcísio de Freitas, por sua vez, adotou um tom mais moderado e não citou expressamente o nome de Lula. O governador paulista disse que tratou com o presidente de Israel de “possibilidades de cooperação na agricultura, na inovação, na tecnologia para a segurança pública”.

Em seu perfil no Instagram, Tarcísio agradeceu pelo apoio da comunidade judaica de São Paulo e manifestou solidariedade ao povo israelense pelos ataques perpetrados pelo grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro do ano passado.

InfoMoney