Após Lula cancelar viagem à China, oposição fala que adiamento foi provocado por retorno de Bolsonaro

Política
Compartilhe

fonte: terra brasil noticias

Após Lula (PT) cancelar sua viagem à China, parlamentares da oposição nutrem a narrativa de que o presidente adiou sua agenda internacional devido ao retorno de seu antecessor, Jair Bolsonaro, ao país, previsto para a próxima quinta-feira (30). Diagnosticado com Influenza A e pneumonia bacteriana, o petista tomou a decisão por motivos médicos.

O movimento virtual foi iniciado pelo senador carioca Carlos Portinho (PL). “Lula adia viagem devido a chegada de Bolsonaro. Quem está sendo pautado? Segue o líder!”, escreveu o parlamentar.

Na mesma entonação, o deputado federal Daniel Freitas (PL-SC) retuitou uma mensagem de um apoiador que afirmava ter “algo estranho acontecendo” neste cancelamento.

Colega de bancada na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ) usou aspas para falar da saúde de Lula: “Um dia ‘doente’ é um dia sem falar besteira e sem aumentar a crise”, criticou em publicação.

A narrativa foi abraçada por apoiadores do ex-presidente que especulam teorias nas redes e afirmam que o diagnóstico de Lula não foi o real motivo para o adiamento da viagem.

PL confirma retorno

Nesta sexta-feira, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro voltará ao Brasil no próximo dia 30 e desembarcará em Brasília às 7h30. “Ficamos no seu aguardo Capitão, para juntos lutarmos por um Brasil mais justo e livre”, disse Valdemar em um comunicado publicado nas redes sociais do partido.

Ao chegar, ele encontrará um plano de ação que vem sendo montado pelo PL para usar a imagem do ex-presidente e da ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro, cujo objetivo é triplicar o número de prefeituras comandadas pelo partido ao fim da eleição municipal do ano que vem, saltando das atuais 343 para pelo menos 1 mil. Valdemar quer que Bolsonaro e Michele comecem a viajar no primeiro semestre para arregimentar apoios e fortalecer a legenda para a disputa do ano que vem, que ocorrerá em outubro de 2024. Uma das possibilidades é que o ex-presidente retome as motociatas que marcaram suas passagens por diversas cidades durante a campanha eleitoral do ano passado.