China exige registro online para cristãos participarem de cultos

Gospel
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fonte: folha gospel

Cristãos na província de Henan, na China, terão que se registrar online e receber autorização do governo para participar de cultos.

Segundo a China Aid, a nova regra foi imposta pelo departamento religioso provincial, mas sem nenhuma base legal.

A partir de agora, os moradores que quiserem participar de qualquer atividade religiosa deverão preencher um formulário no aplicativo “Smart Religion” para frequentar igrejas, mesquitas e templos budistas.

No app, os moradores precisam preencher informações pessoais, incluindo nome, número de telefone, número de identificação, residência permanente, ocupação e data de nascimento.

Aos que receberem permissão do governo, também terão sua temperatura medida e deverão apresentar um código do registro feito no aplicativo.

Quando questionados sobre como os cristãos idosos, que não sabem acessar aplicativos, irão se registrar, as autoridades afirmaram que uma equipe os ajudaria.

De acordo com cristãos locais, o número de frequentadores nas igrejas em Henan diminuíram devido ao complicado procedimento.

O aplicativo “Smart Religion” foi desenvolvido pela Comissão de Assuntos Étnicos e Religiosos da Província de Henan e foi lançado oficialmente em algumas partes da província.

O app conta com tecnologias para vigilância precisa, como big data, inteligência artificial e mapas.

A China Aid denunciou que a nova medida do governo comunista não tem o objetivo de proteger os direitos religiosos dos moradores, mas para ser usada com fins políticos.

A situação para a Igreja na China teve uma piora desde o ano passado. O país subiu uma posição na Lista Mundial da Perseguição em 2023, passando do 17º para o 16º lugar.

Isso significa que mais cristãos estão sendo presos, torturados e hostilizados por causa de sua fé. O Partido Comunista da China (PCC) está se tornando cada vez mais totalitário.

Conforme os críticos, o intenso controle das pessoas por parte das autoridades através de monitoramento de alta tecnologia não passa de “medo de perder o poder político”.