“Inimigo nº 1 da economia”: Lula, mais uma vez, apaga otimismo do mercado e juros voltam a subir

Política
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fonte: terra  brasil noticias

Em entrevista ao vivo, no primeiro dia da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), presidente voltou a adotar uma postura agressiva e a atacar a autoridade monetária. Além disso, Lula indicou que arcabouço fiscal só deve ser apresentado após a viagem a China, em abril. Para os investidores, o atraso foi uma sinalização de que a regra apresentada por Haddad sofre resistência da ala política do governo.

Os juros futuros inverteram o movimento de queda dos últimos dias e voltou a subir após as declarações do petista. Com isso, as probabilidades de cortes na Selic na reunião de maio da autoridade monetária caíram de 40% na semana passada para cerca de 30% hoje. Para amanhã, o mercado manteve a precificação de estabilidade da Selic em 13,75% a.a..

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, reduziu a alta após a entrevista de Lula e acabou encerrando a sessão praticamente estável, em +0,07%, aos 100,9 mil pontos. O dia foi de recuperação das ações de bancos e da Petrobras, que foram as principais contribuições positivas do indicador. Do lado negativo, Vale caiu 0,84% com a continuidade da redução do preço do minério de ferro nos últimos dias, e a Eletrobras (-3,48%) registrou a segunda maior contribuição negativa do Ibov, com falas do presidente no sentido de rever o processo de desestatização da elétrica.

O cenário local também prejudicou a recuperação do real, que se desvalorizou frente ao dólar norte-americano. A moeda dos Estados Unidos subiu 0,13% contra a brasileira em um dia de ganhos para boa parte das emergentes. Para se ter uma ideia, contra o peso mexicano o par americano caiu mais de 1%.